Já ouviu falar sobre economia compartilhada? Novas tecnologias, novas formas de pensar a sustentabilidade, nova lógica de consumo, novo mercado: a maneira de encarar (e comercializar) produtos e serviços se transformou. De fato, basta olhar com um pouco mais de atenção para perceber que a mudança no perfil consumidor é clara – e as empresas que não acertarem o passo ficarão para trás.
A seguir, saiba mais sobre o conceito, as empresas que aplicam o modelo na prática (inclusive no turismo!) e os motivos pelos quais sua agência de viagens deve aderir ao modelo da economia compartilhada!
Economia compartilhada: explorando o conceito
Adaptada à realidade ambiental e socioeconômica atual, a economia compartilhada é uma iniciativa que inaugura novos modelos de consumo e novos modelos de negócio. O foco, aqui, está no serviço ou no benefício de um produto. Em outras palavras, está no compartilhamento – e não na posse.
Combatendo uma lógica de consumo desenfreada (que esgota os recursos naturais e provoca desequilíbrio ambiental), a economia compartilhada se baseia nas conexões entre as pessoas e propõe que o consumidor não adquira a posse dos bens, mas o acesso a eles.
No Brasil, o compartilhamento de produtos e serviços – que também é uma forma de economia colaborativa – já é uma realidade para grande parte da população. Para se ter uma ideia, um estudo da SPC Brasil e CNDL revelou que 79% dos entrevistados nas capitais brasileiras acreditam que compartilhar bens contribui com uma vida mais funcional e simplificada.
Vale destacar, ainda, a grande a aceitação do modelo: 68% das pessoas disseram que se veem participando da economia compartilhada nos próximos 2 anos.
Como o movimento surgiu?
De maneira simplificada, podemos dizer que a economia compartilhada nasceu para combater a ideia daquilo que não é mais compatível com o mundo contemporâneo: desperdício.
É comum termos em casa um item comprado que nunca usamos ou usamos poucas vezes e nem mesmo lembramos que existe, não é mesmo?
Com o advento da internet e sua facilidade para conectar pessoas e permitir a concretização de novas empresas e iniciativas, surgiram as primeiras raízes da economia compartilhada. Um exemplo dessas iniciativas é o Ebay, marketplace digital onde os usuários podem vender objetos pouco utilizados.
Junto à disseminação do consumo consciente, a crise econômica de 2008 (que afetou principalmente os EUA e a Europa) foi o estopim que faltava para desencadear o movimento. A percepção das pessoas, na prática, foi sendo transformada: o consumo, do modo como era feito, não era mais uma realidade possível ou sustentável.
Em meio à crise, fontes alternativas de renda foram sendo buscadas – incluindo a venda ou aluguel de objetos que estavam parados em casa. Alavancada pelo cenário social e pelas novas ferramentas tecnológicas, a economia compartilhada se fortaleceu nesse período: um novo modelo de negócios foi inaugurado e se tornou referência para as empresas atuais.
Economia compartilhada aplicada às empresas: como funciona?
Seguindo a tendência, inúmeras organizações e startups do Brasil e do mundo ajustam seus processos a um consumo mais sustentável ou mesmo já nascem baseadas nesse novo universo.
Os segmentos de mercado inseridos na economia compartilhada são os mais variados, incluindo moda, pet care, turismo e transporte. Nesse contexto, o modelo do consumo colaborativo aplicado às empresas pode ser bem definido por um conceito cunhado pelos autores Michael Braungart e William McDonough: o produto de serviço.
O conceito diz respeito a uma ideia simples: em vez de presumir que todos os produtos devem ser comprados, possuídos e eliminados, o caminho é reconcebê-los como serviços usufruídos pelas pessoas. Dessa forma, as empresas alinhadas com a economia compartilhada visam reaproveitar os materiais em novos ciclos de uso de igual ou maior qualidade.
No dia a dia, temos grandes exemplos desse modelo de negócio: é o caso dos gigantes Uber, Airbnb e Netflix. A seguir, veja como alguns negócios aplicam a economia compartilhada!
5 exemplos de empresas que aplicam a economia compartilhada
Turbi
Atuando com aluguel de carros, a Turbi oferece a “praticidade de um carro sem ter que comprar um”. Ao contar com uma grande variedade de veículos, a empresa cobra pela hora do aluguel – o valor varia conforme o modelo do carro.
GetMalas
Dispensando a necessidade de comprar uma mala para cada tipo de viagem e eliminando a preocupação para armazenar esses objetos, a GetMalas é a maior plataforma de aluguel de malas do país.
Através de um processo 100% online de reserva, o cliente solicita a bagagem desejada e pode escolher recebê-la em casa. O valor é cobrado por diária e o serviço trabalha com as melhores marcas do mercado, além de representar muita economia para o turista. As malas passam por uma higienização minuciosa e reutilizadas por outros viajantes.
Enjoei
Famoso pela venda de roupas de segunda mão, o Enjoei é um marketplace que conecta pessoas que desejam desapegar de determinados objetos e pessoas que desejam comprá-los online. Além do brechó online, itens de decoração, eletrodomésticos, móveis e celulares, dentre outras mercadorias, podem ser encontrados.
Yellow
Facilmente encontrada nas capitais brasileiras, a Yellow foi fundada pelos empreendedores da 99Táxis e inova no segmento de transportes. Disponibilizando bicicletas, patinetes elétricos e scooters nas ruas, a empresa acaba com a necessidade de deixar o veículo em um estacionamento – basta que o usuário trave o cadeado nos pontos específicos das cidades.
Vale lembrar que a Yellow é um aplicativo que monitora todo o processo de aluguel dos meios de transporte.
DogHero
Para quem vai viajar e não quer deixar seus animais de estimação sozinhos em casa, a DogHero traz a solução. A plataforma conecta cuidadores e donos de pets, que podem deixar seus bichinhos na casa dos profissionais. Buscando garantir a confiança do serviço, a plataforma permite pontuar e classificar o trabalho dos cuidadores.
Agências de viagem: por que adotar o modelo da economia compartilhada nesses negócios?
Como vimos, a internet e a consequente revolução digital estão na essência da economia compartilhada e dos novos modelos de negócio. Isso também gerou transformações profundas e importantes no segmento do turismo – estamos falando do “novo turismo” ou “e-tourism”.
Hoje, as pessoas podem procurar informações sobre roteiros, comprar passagens aéreas, reservas passeios e fazer seus bookings de hospedagem diretamente no ambiente online. O Airbnb, a plataforma de aluguel por temporada que só vem crescendo no Brasil, é um clássico exemplo dessa nova configuração.
Não faltam, aliás, exemplos de iniciativas colaborativas no ramo do turismo: aluguel de carros, aluguel de malas, portais de restaurantes e atrações turísticas com opiniões dos viajantes, work exchange…
Diante de todo esse cenário, cabe às agências de viagem se reinventarem e repensarem seus modelos de negócio, focando na migração para o digital, ampliando seu leque de serviços para agregar valor para o consumidor e reforçando o senso de comunidade que é um traço da economia compartilhada.
Trata-se, afinal, de uma questão de sobrevivência e competitividade no novo mercado: é preciso se adaptar e formular estratégias e serviços que promovam o alinhamento com um consumo consciente e com uma forma mais sustentável de viajar e conhecer novos destinos.
Uma estratégia frutífera, nesse sentido, é firmar parcerias vantajosas (para as empresas e para os próprios clientes) com negócios do ramo turístico que aplicam e endossam o modelo da economia compartilhada.
Dessa forma, é possível ampliar a cartela de clientes, fortalecer o nome da agência de viagens no segmento e beneficiar o consumidor através de mais ofertas vantajosas que facilitem e agreguem valor para sua viagem.
Quer dar o primeiro passo rumo ao modelo de negócios da economia compartilhada? Conheça o programa de parcerias da GetMalas, a maior plataforma de aluguel de malas do país, seja um parceiro e traga sua agência de viagens para a nova realidade do mercado!
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